O mercado imobiliário de alto padrão no Rio continua apostando suas fichas em bons negócios, mesmo com a crise que atinge o Brasil. Os empresários do setor garantem ter conseguido manter certa estabilidade nos negócios, diferentemente do que se vê em outros segmentos.
Recentemente, o portal imobiliário Properati.com.br listou as 20 mais caras da cidade, a partir da sua base com 2.505 anúncios de imóveis à venda. Chegou-se, então, a um seleto grupo de casas cuja média de preço ficou em R$ 17,6 milhões, o que corresponde a cerca de R$ 16.500 por m². Em média, essas unidades possuem uma área total de 1.067 m².
Coincidentemente, as duas mansões mais valorizadas à venda estão no Rio, no bairro do Joá. A primeira delas é anunciada pela fortuna de R$ 38,7 milhões. São 486 m² de área construída e seis quartos, sendo quatro suítes.
A alguns quilômetros dali, bem no coração da Barra, está a quinta casa mais cara do Rio, segundo o levantamento. Em uma área de 8.500 m², a propriedade foi erguida na década de 1980 por um empresário apaixonado pela natureza. Em função disso, ele quis um enorme jardim inspirado no Jardim Botânico. O terreno tem uma imponente entrada cercada por palmeiras imperiais, lagos com plantas exóticas e muitas orquídeas e árvores nativas. A mansão sai por R$ 20 milhões.
Em conversa com o jornal O Globo, o professor da Fundação Getulio Vargas e especialista em mercado de luxo Cláudio Goldberg afirmou que a estabilidade no setor existe por ser um mercado de nicho. E como tal, é algo altamente segmentado e com pouca oferta, enquanto seu público tem muito recurso econômico para consumir.